quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O valor da amizade

Tenho aqui no meu msn uma publicidade da Optimus que faz várias afirmações relativas à comunicação, para estimular o cliente a recorrer aos seus serviços.
E essa publicidade fez-me vir uma pergunta à cabeça: "Quem pode passar sem amigos?".
Penso que ninguém pode passar sem eles.
Mas, se queremos ter amigos, temos de saber mantê-los. Porque a amizade tem um valor, tem um preço.
Não há nenhuma moeda específica para pagar esse preço: aceita-se qualquer coisa que tenha valor. E o que tem valor depende das pessoas, das circunstâncias.
Uma coisa é certa: há um preço a pagar!
Se me obrigassem a pensar num nome para a "divisa" em que temos de pagar o "preço" da amizade, eu chamar-lhe-ia "disponibilidade": temos de estar disponíveis para os nossos amigos.
Dir-me-ão assim: mas cada um tem as suas ocupações, os seus afazeres.
E eu respondo: quando algo é verdadeiramente importante para nós, arranjamos tempo.
E estar disponível para os amigos pode cingir-se a uma coisa tão simples como um sorriso ou um "olá", só para a pessoa saber que não é "transparente", que a sua presença foi reconhecida, que ela existe para os outros.
Quem está disposto a pagar este preço?

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Sedução

Aqui está um conceito que sempre me deu muito que pensar.
O primeiro contacto que tive com ele apresentou-mo como algo de negativo. Era uma palavra com uma aura sulfurosa (como eu dizia a um amigo, recentemente), que designava um perigo, associado aos indivíduos do sexo masculino.
Mas a vida vai-nos ensinando coisas, se nós soubermos estar atentos e usar as nossas "célulazinhas cinzentas".
E isso permitiu-me descobrir que a sedução também tem cambiantes positivas e que ninguém pode viver sem ser... sedutor!
Senão, vejamos.
Como teríamos amigos, se não os seduzíssemos?!
Como despertaríamos a atenção de alguém e a manteríamos, se não fossemos capazes de seduzir essa pessoa, de algum modo?!
Como poderia alguém atrair a nossa atenção e mantê-la, se essa pessoa não nos surgisse como... sedutora?!
Até mesmo como nos poderíamos motivar para alguma tarefa, para alguma ideia, se não a víssemos como... SEDUTORA?!
O que seduz pode ser muita coisa: beleza, palavras, acções, inteligência, simpatia, gentileza, etc.
Mas em tudo o que nos agrada, há sempre algo que nos seduz.
E nós estamos sempre à espera de sermos também vistos como sedutores

sábado, 26 de janeiro de 2008

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Vi um filme!




Vi um filme que me fez pensar na minha vida!
É um filme "económico": durante quase todo o filme, só há um actor humano e um actor canino! Há também alguns figurantes: os monstros em que o resto da humanidade se converteu!
É um filme aflitivo.
Está lá tudo: a solidão, o medo, a ansiedade, os "monstros" que nos atacam quando estamos desprevenidos!
Também eu me sinto sozinha como aquele homem. Mas nem tenho um cão: só tenho este blog, que ninguém vê.
Também eu tenho medo de "monstros" que me podem atacar a qualquer momento e tento proteger-me deles. Mas, ao mesmo tempo, sinto-me culpada perante eles, porque fui eu que os criei ou, pelo menos, ajudei a criá-los. Como o homem no filme!
Também eu ando à procura de uma vacina. Mas não é para os outros: é para mim mesma.O homem era imune à doença que tinha destruído o resto da humanidade. Eu é que estou doente. A vacina é para me curar a mim, não para curar os outros.
E, se eu morrer, como o homem no filme, nem sequer vai ser por uma boa causa!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Perspectivas

Pois é!
Opiniões há muitas, mas nem sempre é fácil saber qual é a boa! Até porque a perspectiva de cada um sobre as questões em causa pode transformar muito as realidades.
Esta reflexão lembra-me algo que me aconteceu há algum tempo.
Estava eu a tomar um duche e reparei que tinha uma centopeia na banheira. Como tenho medo de tais insectos, fiquei muito pouco encantada com a companhia e pensei logo: "Mas que pouca sorte! O que está este bicharoco a fazer na minha banheira?"
Lá fui suportando o "convidado" inesperado, porque não gosto de matar animais, sejam eles quais forem.
A certa altura, dei comigo a pensar no que pensaria a centopeia, se o pudesse fazer como eu. E fartei-me de rir, porque me vieram à cabeça os seguintes pensamentos:
"Mas o que está este animal horrível a fazer na MINHA banheira! É enorme! E tem uma cor tão estranha! E só tem duas patas! Onde meteu as restantes noventa e oito?"
É assim. Cada um vê as coisas da sua perspectiva. E vá-se lá ver quem tem razão!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Eu e os outros

Como é difícil conciliar a nossa maneira de ver as coisas com as dos nossos amigos ou das pessoas com quem nos relacionamos de outro modo qualquer!
Se formos autoritários, resolvemos o problema facilmente: tratamos de impor as nossas ideias, as nossas perspectivas aos outros, e, caso não resulte, zangamo-nos com eles e riscamo-los das nossas relações.
Mas se não formos, a situação é muito mais difícil de resolver. Porque, por muito tolerantes que sejamos, há sempre coisas que nos desagradam, e lá ficamos nós com problemas de consciência e uma escolha difícil a fazer: protestamos e corremos o risco de parecer pouco abertos às opções dos outros ou até intolerantes? ou aguentamos pacientemente até ao dia em que perdemos mesmo a cabeça e, como se diz em linguagem familiar, "nos salta a tampa"?
E onde está o limite entre o que é aceitável e o que não é? Nem sempre é fácil de discernir.
Quem tiver uma resposta boa, é favor remeter-ma. Agradeço!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Como uma pedra!

Já alguma vez repararam numa rocha?
Está ali na nossa frente, imóvel! Não se desvia um milímetro do seu poiso. Se está no caminho para algo que nos interessa, temos de a contornar, porque ela não vai de certeza sair de lá. Ou então, temos de a fazer explodir, como se faz, quando, no decurso de uma obra, se encontra um plano rochoso inesperado. Mas não podemos contar com a sua disposição para mudar, para sair de onde está!!!
No entanto, ciências como a Geologia e a Mineralogia dizem-nos que as rochas se alteram, se partem, se movem! Só que esses movimentos são tão escondidos, tão lentos (porque ocupam um tempo que nada tem a ver com o que rege a vida dos seres humanos) que nós não nos apercebemos deles. Um dia, alguém há-de reparar que a rocha partiu, ou apresenta mossas, ou parece ter mudado de sítio, porque há marcas que mostram que ela estava algures anteriormente, ou se moveu violentamente (como, por exemplo, quando há um tremor de terra).
Eu, às vezes, também me sinto assim: como uma pedra! Pareço imutável, pareço não me mover, não sofrer qualquer perturbação, mas, por dentro, há movimento, há coisas que mexem!!! Mesmo se os outros não conseguem ver!!!

(Clicar no título do post.]

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

No buraco!

Alguma vez tiveram a sensação de que caíram num buraco e de que nunca mais de lá vão sair?
É como eu me sinto neste momento. É um desespero que não tem fim!!!
Lá vou subindo lentamente pela parede acima, sempre a escorregar, e, quando penso que, desta vez, é que vou conseguir dar um salto para fora, mesmo que fique um bocado de mim lá dentro, escorrego outra vez até ao fundo!!!
Às vezes, passa alguém e olha para o meu buraco e fala um bocado comigo, mas deixa-me ficar lá, bem no fundo!
De vez em quando, nos momentos em que estou mais perto da borda, reparo que há outros buracos à volta do meu (vem-me à cabeça a imagem das pequenas crateras da Lua!) e que há outras pessoas nesses buracos. Mas não comunicamos entre nós!

Será que alguém sabe como sair do BURACO?!!!