sábado, 31 de maio de 2008

I, voyager - Nevermore

Mais um comentário ao mundo actual!

Die for my sins - Sanctuary

O segredo de Polichinelo!



Conhecem a expressão "segredo de Polichinelo"?
Refere-se a um segredo que não é segredo... porque toda a gente o conhece.
Às vezes, na nossa vida, temos a sensação de estar a viver no meio de um segredo de Polichinelo: afinal, toda a gente já sabe.
Menos nós!!!
Ou então, fazemos de conta que não sabemos!!!

Mais um adorador de gatos!



Les Chats

Les amoureux fervents et les savants austères
Aiment également, dans leur mûre saison,
Les chats puissants et doux, orgueil de la maison,
Qui comme eux sont frileux et comme eux sédentaires.

Amis de la science et de la volupté
Ils cherchent le silence et l'horreur des ténèbres;
L'Erèbe les eût pris pour ses coursiers funèbres,
S'ils pouvaient au servage incliner leur fierté.

Ils prennent en songeant les nobles attitudes
Des grands sphinx allongés au fond des solitudes,
Qui semblent s'endormir dans un rêve sans fin;

Leurs reins féconds sont pleins d'étincelles magiques,
Et des parcelles d'or, ainsi qu'un sable fin,
Etoilent vaguement leurs prunelles mystiques.

Charles Baudelaire - Les fleurs du mal

Léo Férré chante Baudelaire

Um grande cançonetista francês interpretando um génio da poesia francesa.

Um grande poeta francês



Le Vampire

Toi qui, comme un coup de couteau,
Dans mon coeur plaintif es entrée;
Toi qui, forte comme un troupeau
De démons, vins, folle et parée,
De mon esprit humilié
Faire ton lit et ton domaine;
— Infâme à qui je suis lié
Comme le forçat à la chaîne,
Comme au jeu le joueur têtu,
Comme à la bouteille l'ivrogne,
Comme aux vermines la charogne
— Maudite, maudite sois-tu!
J'ai prié le glaive rapide
De conquérir ma liberté,
Et j'ai dit au poison perfide
De secourir ma lâcheté.
Hélas! le poison et le glaive
M'ont pris en dédain et m'ont dit:
«Tu n'es pas digne qu'on t'enlève
À ton esclavage maudit,
Imbécile! — de son empire
Si nos efforts te délivraient,
Tes baisers ressusciteraient
Le cadavre de ton vampire!»

Charles Baudelaire- Les fleurs du mal

[Mais um exemplo de poesia negra. E de maus pensamentos sobre as mulheres!]

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mais versos de pé quebrado



Aprender é um deslumbre,
Quando a vontade é muita.
Tem-se do mundo um vislumbre,
Fica-se a conhecer a vida.

O primeiro já se foi.
Venha de lá o segundo!!!
Prá EB agora eu vou.
Um dia será meu o mundo!

[da terra da ria e das brumas, para a minha sobrinha Joana]

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Spring of rage - Moonspell



A música que eu mais ouço neste momento.
Por que será?!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Le déseurteur - Boris Vian



Faz pensar em como as guerras são inúteis!

Da forma de ver as coisas


Um episódio que me aconteceu ontem ajudou-me a compreender como há muito de nós na forma como vemos a realidade.
Foi a propósito de um anel que eu tenho.
Um senhor que eu conheço olhou para ele e disse que era estranho, que parecia uma mola.
E eu, que o via mais como uma espiral celta (símbolo da vida), olhei novamente para o meu anel e pensei que, de facto, pelo feitio que tinha, também podia ser visto como uma mola, tipo amortecedor de automóvel em miniatura!
Ora aqui está como uma parte do que vemos está em nós mesmos!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Mais uma visão da morte



La ballade des pendus

Frères humains qui apres nous vivez
N'ayez les cuers contre nous endurciz,
Car, se pitié de nous pauvres avez,
Dieu en aura plus tost de vous merciz.
Vous nous voyez cy attachez cinq, six
Quant de la chair, que trop avons nourrie,
Elle est pieça devoree et pourrie,
Et nous les os, devenons cendre et pouldre.
De nostre mal personne ne s'en rie :
Mais priez Dieu que tous nous veuille absouldre!

Se frères vous clamons, pas n'en devez
Avoir desdain, quoy que fusmes occiz
Par justice. Toutesfois, vous savez
Que tous hommes n'ont pas le sens rassiz;
Excusez nous, puis que sommes transis,
Envers le filz de la Vierge Marie,
Que sa grâce ne soit pour nous tarie,
Nous préservant de l'infernale fouldre.
Nous sommes mors, ame ne nous harie;
Mais priez Dieu que tous nous vueille absouldre!

La pluye nous a débuez et lavez,
Et le soleil desséchez et noirciz:
Pies, corbeaulx nous ont les yeulx cavez
Et arraché la barbe et les sourciz.
Jamais nul temps nous ne sommes assis;
Puis ça, puis la, comme le vent varie,
A son plaisir sans cesser nous charie,
Plus becquetez d'oiseaulx que dez à couldre.
Ne soyez donc de nostre confrarie;
Mais priez Dieu que tous nous vueille absouldre!

Prince Jhesus, qui sur tous a maistrie,
Garde qu'Enfer n'ait de nous seigneurie :
A luy n'avons que faire ne que souldre.
Hommes, icy n'a point de mocquerie;
Mais priez Dieu que tous nous vueille absouldre.
(Transcription : Lagarde et Michard)

François Villon - Séc. XV

Para a minha sobrinha Joana



A nossa Joaninha
Agora é a Joana.
Já não é menininha,
Quer ser uma dama.

Vai sair do Atchim,
Onde foi muito feliz.
Não quer coisas de petiz,
Mas de menina, sim!

Coitada da Tia Teiza!
Tá sem inspiração!
O dia foi pasmaceira,
Cortou a imaginação.

De Aveiro, terra de Santa Joana Princesa

The chase is better than the catch - Motorhead



Será?!!!

domingo, 25 de maio de 2008

Dos cheiros na vida humana



O cheiro desempenha um papel muito importante na vida humana.
Primeiro, porque nós devemos ser os únicos seres vivos que procuramos (permanentemente) esconder o nosso cheiro com o de outros seres vivos (animais e vegetais).
Segundo, porque, para muitos de nós, o olfacto deixou de desempenhar um papel importante na sobrevivência. [Felizmente, para mim, que isso acontece. A rinite alérgica quase me privou de olfacto!]
Terceiro, porque, apesar de tudo isto, o cheiro ainda pode ter um papel importante para nós.
Apercebi-me deste último facto há uns tempos, quando alguém me dizia que tinha tantas saudades de uns parentes de quem estava afastado que até o seu cheiro lhe faltava!!!
Lembrei-me logo de quando eu era menina e a minha irmã andava com a almofada da minha mãe atrás, dizendo que o "cheirinho de mamã" a fazia sentir menos a ausência dela.

E uma de discriminação



Frankenstein, de Mary Shelley.

Inicialmente, o monstro criado a partir de partes de cadáveres, é animado por bons sentimentos.
São o medo que inspira e o repúdio por parte do seu criador que fazem dele uma criatura maligna!

[Pequena nota: Victor Frankenstein é o nome do cientista que criou o monstro. A criatura não tem nome.]

Duas histórias de amor



King Kong (na versão cinematográfica de 2005).
O gorila (aparentemente grotesco) segue a rapariga que o fascina.



Drácula, de Bram Stoker (a história original, da qual depois foram criadas muitas sequelas).
É o interesse por Mina Harker que leva o Conde Drácula a viajar da Transilvânia (na actual Eslováquia) para Inglaterra.

sábado, 24 de maio de 2008

Do mito de Cyrano


Ontem, em conversa com uma amiga, veio à baila da história de Cyrano de Bergerac.
Trata-se da história de um homem feio, mas cheio de espírito, que amava uma mulher fabulosamante bela, mas nem se atrevia a aparecer à frente dela, tão feio se achava.
Esse homem tinha um amigo, um belo rapaz, que também amava a tal beldade, mas não tinha qualquer dote espiritual.
Só que a bela apreciava a inteligência. Logo, o pobre rapaz também pensava que não tinha hipóteses nenhumas!!!
Então, Cyrano começou a escrever tudo o que queria dizer à bela e não ousava e o seu amigo enviava-lhe os textos como se fossem seus.
Quando, Christian, o belo rapaz, está prestes a revelar a Roxanne que não é ele que escreve as cartas, é morto no campo de batalha e Cyrano esconde a verdade, para não denegrir a imagem do amigo perante a bela.
Anos mais tarde, quando ele próprio está a morrer, Roxanne descobre quem era o verdadeiro autor das cartas que tanto lhe agradavam.
Isto é o enredo de uma peça de teatro de Edmond Rostand, dramaturgo francês do final do séc. XIX, que serviu de base a vários filmes. Cyrano existiu realmente e também ele era um autor literário.
A história de Cyrano é um exemplo de baixa auto-estima.
E de como, às vezes, querendo ser altruístas, nos enganamos e enganamos os outros, provavelmente sem vantagens para ninguém. Afinal, a tal mulher não usufruiu da companhia de nenhum dos dois!!!

Também nós na vida, por vezes, nos disfarçamos de Cyranno e arranjamos um Christian atrás do qual nos escondemos.
Já me aconteceu isso na vida. Mas não foi para escrever a nenhum belo!!!
Apenas pus o meu espírito ao serviço de outra pessoa em questões de intercâmbio com correspondentes estrangeiros.
E só percebi o embaraçoso da situação, quando começaram a chegar elogios às cartas que eu escrevia... dirigidos à outra pessoa, que também ficou altamente embaraçada.
Bem se diz que "Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele!"
Serviu-nos às duas!!!

Visões da morte



Deixo-vos duas visões estranhas da morte.

A primeira corresponde ao poema de Mário de Sá- Carneiro abaixo transcrito:

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro

A segunda vem de uma canção de Jacques Brel, o grande intérprete belga que fez carreira na canção francesa.
Para terem acesso à canção que interessa, cliquem no título do post.
A canção chama-se "Le moribond" e, pela sua letra, tem alguns pontos de contacto com o poema do autor português, que, por sinal, escreveu uma grande parte da sua obra em Paris, onde se suicidou, em 1916, aos 26 anos, envenenando-se.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Da luta e da vida



A vida é uma luta.
Mas, como todas as coisas, esta ideia tem diversos cambiantes, uns positivos, outros negativos.
E essa luta pode assumir diversos avatares (embora não estejamos todos no Second Life!).
Às vezes, penso no papel da luta na minha vida.
Vêm-me logo à memória episódios pitorescos da minha infância em que a minha mãe me encarregava de tomar conta dos meus irmãos (um e uma, ambos mais novos do que eu, mas pouco).
Nessa altura, como o meu irmão era mais pequeno do que eu - e muito brigão -, eu não hesitava em andar à pancada com rapazes para o defender. E nem era por ser maria rapaz! Era apenas por instinto de protecção!
A minha mãe é que não gostava nada!!! Dava-me grandes sermões sobre o que as meninas devem ou não fazer!
Depois, cresci e compreendi mesmo que a agressão física não é o melhor argumento, quando há um conflito a resolver.
Passei a apostar mais na inteligência e nas palavras. E penso que tenho sabido fazer bom uso delas!
E depois há aquelas pequenas "contendas" virtuais, muito desafiadoras, com pessoas que têm argumentos tão bons como nós e com quem é bom discutir, confrontar pontos de vista, usando até de uma certa ironia (mas sem maldade!).
E depois há as lutas que nós travamos para alcançar algo que queremos, o que é muito importante para nós! Eu sou muito, muito, muito empenhada!!!
O que eu ainda preciso de resolver é o problema de, por vezes, quando não consigo alcançar o que quero, sentir a minha identidade comprometida e ter imensa dificuldade em me levantar e ir à luta outra vez!
Felizmente, só me acontece isso de vez em quando!

[P.S.: Não gosto de desportos de luta. Duas excepções: artes marciais e esgrima! Mas não pratico nenhum deles!]

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Blog sensacional


E que tal conhecer um blog espectacular também chamado Murmúrios das profundezas!!!

[É favor clicar no título do post.]

Um evento a não perder

Refiro-me à apresentação da BD colectiva Murmúrios das profundezas.

[Cliquem no título do post!]

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Para quem gosta de gatos!

Mais gigantes!



O Mostrengo

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse, “Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?”
E o homem do leme disse, tremendo,
“El-Rei D. João Segundo!”

“De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?”
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso,
“Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?”
E o homem do leme tremeu, e disse,
“El-Rei D. João Segundo!”

Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes,
“Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-rei D. João Segundo!”

Fernando Pessoa, Mensagem

O símbolo de Prometeu



O poeta romântico alemão Goethe escreveu um pequeno poema de 8 estrofes sobre a lenda de Prometeu intitulado de Prometheus (1774):

"Encobre o teu Céu ó Zeus
com nebuloso véu e,
semelhante ao jovem que gosta
de recolher cardos
retira-te para os altos do carvalho ereto
Mas deixa que eu desfrute a Terra,
que é minha, tanto quanto esta cabana
que habito e que não é obra tua
e também minha lareira que,
quando arde, sua labareda me doura.
Tu me invejas!
(...)

Eu honrar a ti? Por quê?
Livraste a carga do abatido?
Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
(...)

Por acaso imaginaste, num delírio,
que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
por alguns dos meus sonhos se haverem
frustrado?
Pois não: aqui me tens
e homens farei segundo minha própria imagem:
homens que logo serão meus iguais
que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
e, mesmo que forem parias,
não se renderão a ti como eu fiz"

Goethe descreve um homem extraordinário, que se nega a venerar deuses ou estar sob submissão de alguém. A partir de então Prometeu ficou conhecido como uma importante figura no Romantismo. Pela negação à submissão divina, e por criar um personagem pronto para viver em liberdade sem nenhuma repressão, Goethe criou uma figura compatível com a ideologia de Karl Marx, que passou a considerar Prometeu como seu herói favorito. Além dos românticos, Prometeu também era um homem modelo de Marx.

[Recolhido na Wikipédia.]

Prometeu agrilhoado



Um dos mitos clássicos que mais me impressionam é o de Prometeu agrilhoado.
Conta-se que Prometeu, um titã, caiu no desagrado dos deuses, porque roubou o fogo para o dar aos homens.
Para castigo, foi agrilhoado a uma rocha e aí devia permanecer para sempre, com uma águia a devorar-lhe o fígado, que estava sempre a regenerar-se, pelo que o tormento nunca acabava.
É um mito de crueldade... mas também de coragem.
Quando era miúda e ouvia falar dessa história, pensava sempre no sofrimento do homem, preso, exposto às intempéries e atormentado pela águia!!!
Às vezes, também me sinto assim, como se estivesse presa e não pudesse defender-me do que me atinge.
E nem sequer tenho o consolo de pensar que foi para dar algo de bom à Humanidade!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Poesia negra



Na tradição da poesia negra do Romantismo do Norte da Europa, que ainda influenciou o movimento em Portugal:

Spring of rage

In your every moment
With your every breath
Even far away
Your eyes are rays
Disputing my darkness

In your darkest hour
With the dying sun
Preying all alone
Your lips the downfall
Colouring my days

As if in a spring of rage
Your fury and beauty would incarnate

In your every movement
Lays a cruel fate
Even from a distance
Your hands of doom
Disquieting my darkness

As if in a spring of rage
Your fury and beauty would incarnate

Release my pain

Widowed in the whiteness pure
Clouded captive by the Moon

As if in a spring of rage
Your fury and beauty would incarnate

Fernando Ribeiro [Moonspell]

domingo, 18 de maio de 2008

Dance


A Companhia Nacional de Bailado ou um sonho feito movimento, som, cor!!!

Da conjugação das relações

As relações, tal como os verbos, também se podem conjugar!!!
E a "gramática das relações" partilha de uma característica da gramática da língua de que nem todos têm consciência: por muito que tentem prendê-la em regras muito rígidas, ela escapa sempre!
Para a língua, é a literatura que faz esse trabalho de libertador: a literatura literária e a literatura popular (porque o povo encontra sempre uma forma - por sinal, muito criativa - de escapar!!!).
Para as relações, é o arbítrio de cada um que lhe permite escapar das restrições sociais! Embora, mesmo aqui, o céu não seja o limite! Como se dizia quando eu era mais nova: a minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros!!!
E a "gramática das relações" é uma gramática difícil, principalmente quando se pensa nas conjugações.
Há relações que se podem conjugar no singular ou no plural: por exemplo, pai-filho(a), mãe-filho(a), tio(a)/sobrinho(a) [eu gosto muito desta última].
Há relações que, em princípio, só se podem conjugar no singular: por exemplo, filho(a)-pai, filho(a)-mãe. Mas é só em princípio, porque, na realidade, há muito quem as conjugue no plural, dadas as novas estruturas familiares que caracterizam a sociedade actual e também a questão da adopção.
Mas há um tipo de relação que eu, pessoalmente, pretendo conjugar no singular: companheira-companheiro.
Há coisas que não dá para dividir!!! E todos nós gostamos de ser únicos para alguém, nem que seja só por algum tempo!!!

Da vida e dos critérios

Ontem, em conversa com uma amiga, dizia eu que, na minha vida, desde que comecei a ter consciência do que era viver, sempre tinha procurado definir critérios para me orientarem e ser coerente com esses mesmos critérios.
E também que os critérios saíam da minha cabeça, da minha capacidade de viver e de analisar as minhas vivências. Não queria critérios impostos por outros, fosse quem fosse!
Ela retorquiu que tudo isso estava muito bem, mas que os critérios não precisavam de ser os mesmos, do berço à tumba.
É claro que concordo com ela.
O facto de me reger por critérios e de procurar ser coerente com eles não me obriga a ter sempre os mesmos. E ser capaz de viver e de aprender com as nossas vivências também significa saber mudar de opinião na hora certa!!!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

At tragic heights - Moonspell



Apocalíptica, como o mundo actual!!!

Da coragem e do ter medo



Eu costumo ver-me como uma pessoa corajosa e decidida.
Quando digo isto, os meus interlocutores costumam pensar que eu pretendo afirmar que não tenho medo de nada.
Mas não é nada disso que eu penso!
É certo que não tenho medo de algumas coisas que, por tradição, metem medo. Por exemplo, aranhas. [Mas dispenso a companhia de uma tarântula!!!]
Mas tenho medo de muitas outras coisas, palpáveis e não palpáveis.
A questão é que, quando começamos a ter medo de muita coisa, temos de fazer um esforço para pôr esses medos de parte. Caso contrário, paralisamos.
Logo, a coragem e o medo podem coexistir. E coexistem mesmo!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!



Ontem estive a ler uma entrevista à Madonna, numa revista de música que compro habitualmente!
Eu nem gosto da personagem, nem da sua música.
Mas gostei muito da entrevista.
Porque fiquei a ver que (independentemente da música, do mediatismo, das manias de estrela), esta mulher tem algo que eu aprecio muito e cuja existência não depende do sexo: tem GARRA!!!
Eu sinto que também tenho garra (embora não tenha mais nada a ver com a Madonna!).
Só lamento ter passado tanto tempo a fazer de conta que não tinha, em nome de convenções sociais tolas.
Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Verdes anos - Carlos Paredes



A mágica guitarra portuguesa, tocada por um mestre!!!

terça-feira, 13 de maio de 2008

A formiga no carreiro - Jacinta canta Zeca Afonso

Tenho um primo convexo - Jacinta canta Zeca Afonso

Do ser de alguém

Hoje lembrei-me de uma armadilha da língua e dos sentimentos.
Frequentemente dizemos, a propósito de alguém com quem temos uma ligação, "é meu" ou "eu sou dele" (no meu caso, uso o masculino, mas outros usarão o feminino, o que vai dar ao mesmo).
Pensando no assunto, parece-me que isto não faz sentido nenhum.
Nem eu sou de ninguém, nem ninguém é meu. Nós não podemos possuir pessoas. Se querem saber, da minha experiência, nem sequer animais!!!
Nós podemos assumir a responsabilidade de estar com uma pessoa e de deixar a pessoa partilhar a nossa vida. Mas não podemos encarar essa situação com um sentimento de posse.
Ninguém é de ninguém. Podemos é coexistir e enriquecer a nossa vida com a presença de alguém e a vida de outra pessoa com a nossa presença.
Compete a cada um organizar-se para fazer durar essa relação. Mas sem esquecer que ela só dura enquanto for compensatória para os envolvidos.
O curioso é que o sentimento de posse ligado a estas relações é tão forte que a língua não nos deixa grandes alternativas em termos de expressão. Temos de dizer "o meu", para exprimir a existência de uma ligação.
A alteração tem de ser feita na nossa cabeça, na nossa mente.
E não pode consistir em democratizar a posse e alargá-la ao género feminino.
É preciso neutralizá-la e substituir o sentido de posse pelo de companheirismo!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Meravigliosa creatura - Gianna Nanini

Dedicada a maravilhosas criaturas que conheço, pelas mais diversas razões.

domingo, 11 de maio de 2008

Mia Couto - A língua com sabor



Um prazer que partilhei com os meus estagiários deste ano lectivo e a orientadora da escola, uma grande professora e uma grande amiga.
Já tenho saudades!!!
[É indispensável clicar no título do post!]

Tebraruna - Moonspell

Os Moonspell, numa versão quase "folclórica", em início de carreira!
Até faz pensar na música folclórica dos Sétima Legião... numa versão mais enérgica!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Suspiros?!!!

Dos felinos e das conchas




Então não é que um poster encimado por uma imagem de um felino foi parar ao lado de um decorado com imagens de conchas?
A princípio, a situação pareceu-me incongruente. Mas depois, pensando melhor, concluí que até a vida é feita destas associações fortuitas. A nós compete torná-las produtivas!!!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A um deus desconhecido - Sétima Legião


De como um instrumento popular se pode tornar mágico!!!

Por quem não esqueci - Sétima Legião



Uma flor que associo à lembrança!

Sete mares - Sétima legião



Honremos a produção nacional! De boa qualidade!!!

Dos homens e das mulheres



A propósito de uma conversa com um amigo.

Quanto às feministas, respeito-as, mas desconfio sempre um pouco de tais extremismos. Lembro-me logo de quando andaram a queimar soutiãs em manifestações públicas a seguir ao 25 de Abril. Como se tal artigo não fizesse falta às mulheres, ou houvesse alguma razão para os homens usarem!!!
Embora me sinta capaz de ombrear com os homens, não faço ponto de honra de achar que homens e mulheres têm de ser iguais: não somos e isso faz a atracção.
Mas não ser igual não significa que um seja inferior ao outro!!!
Como eu costumo dizer: “Não quero ninguém que mande em mim, nem ninguém em quem eu mande. Quero um companheiro!”
[Pequena nota adicional: Eu sei que não é fácil de encontrar. Mas ainda estou viva! E, enquanto há vida, há esperança!!!]
Em suma, um mundo com homens e mulheres está muito bem.
Prova de como é bom: as minhas conversas com todos os amigos do sexo masculino!!!

[Clicar no título do post.]

Onde é a saída?



Isto vai mal!
Meti-me por um caminho bem directo à procura de uma saída e... o meu caminho está a revelar-se tortuoso.
Devo ter perdido o mapa. Ou então, não era o bom mapa!!!
Onde está a saída?
Será que, se eu esperar com paciência e avançar com prudência, a vou encontrar?

[Um conselho: clique no título do post!]

James Brown

Mais um artista de respeito!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Violet hill - Coldplay




A revolução está mesmo na ordem do dia!

Hey Joe - Jimmi Hendrix



É o artista da capa da Blitz deste mês. Uma grande glória musical dos anos 60!!!

Smoke on the water - Deep Purple

Burn - Deep Purple

À espera de renascer das cinzas!



Estou como a fénix da mitologia greco-latina.
Ela morria consumindo-se num grande fogo, mas depois renascia das suas próprias cinzas, ainda mais forte do que dantes.
Estou à espera de renascer das minhas cinzas!

domingo, 4 de maio de 2008

Beautiful world - RATM




Música suave por uma banda revolucionária! Com um fim inesperado!

Astroboy (Astro, le petit robot)



Uma personagem marcante!

Como uma múmia!



Não sei se sabem que os antigos egípcios mumificavam os corpos das pessoas retirando-lhes os órgãos internos (que punham nuns vasos de louça ao lado do corpo) e secando-os com a ajuda de produtos químicos, até ficarem todos desidratados. Depois enrolavam-nos em faixas de linho, no meio das quais introduziam pequenos objectos, tais como amuletos e jóias.
Muitas vezes, os ladrões de túmulos limitavam-se a partir as faixas das múmias e desenrolavam-nas, para roubar esses pequenos tesouro, e assim danificavam as pobres múmias, comprometendo o seu descanso no além, de acordo com as convicções desse povo.
Por que me sinto como uma múmia?
Porque também eu ando a desenrolar as minhas faixas e a descobrir tudo o que está preso nelas. Há de tudo: nem tudo luz, nem tudo são tesouros, nem tudo me surpreende. Mas tudo é importante para mim!!!

sábado, 3 de maio de 2008

I want you - Bon Jovi



Esta deve estar na cabeça de muita gente. Todos queremos alguma coisa... ou alguém!!!

I'll sleep when I'm dead - Bon Jovi

Esta está mesmo boa para mim. Hehe!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A peaceable kingdom - Edward Hicks



Eis um pintor naïf, mas inspirado... e inspirador.
[Vi esta imagem na capa de um livro e achei-a tão inspiradora que me pareceu que era importante divulgá-la, num mundo sempre conturbado.]

Aguarelas de Albrecht Dürer






A minha essência, vista por um grande artista do Renascimento alemão.
[Convenhamos que é uma essência um tanto contraditória: de um lado, fofa e acolhedora, e, do outro, áspera e relativamente ameaçadora; de um lado, dada à velocidade e à mobilidade, do outro, com a fama de não sair do mesmo sítio ou, pelo menos, de andar apenas para o lado. Mas nós somos feitos de contradições!]

Para quem se interessa por gatos



Dá para quem não gosta de gatos... e também para quem gosta.

Dreamless - Moonspell



Como não há duas sem três!!!