domingo, 14 de dezembro de 2008

Do valor da Ciência


Este tem sido um fim de semana de desafios.
Para além do desafio musical a que respondi ontem (incluído num comentário a um dos posts deste blog), surgiu-me um desafio "filosófico", derivado da leitura de um post num outro blog que frequento regularmente.
Tem a ver com o estatuto da Ciência e o seu papel na vida da Humanidade.
Nesse blog (ver link a partir do título deste post), aparece a recensão crítica de um romance de ficção científica que põe em causa o valor da Ciência como forma de resolver os problemas da Humanidade e a apresenta antes como uma ferramenta (pobre e deformadora!) de que nos servimos para conseguirmos compreender e gerir a realidade.
Essa reflexão fez-me voltar às minhas leituras da adolescência, que incluíram Júlio Verne, em cujos romances, pelo contrário, se mostrava como a Ciência e o conhecimento que esta dava permitiam resolver, se não todos os problemas, pelo menos uma grande parte destes.
Um dos grandes exemplos desta ideia é o romance A ilha misteriosa, em que um grupo de homens que ficaram presos numa ilha conseguiu sobreviver, graças ao que tinham conseguido salvar do que levavam consigo e aos imensos conhecimentos científicos de um deles.
A história do Capitão Nemo (personagem que aparece pela primeira vez nas Vinte mil léguas submarinas) mostra que nem todos os problemas se resolvem com a Ciência.
Mas o que me ficou na cabeça foi uma sensação de segurança derivada da ideia de que a Ciência podia resolver muitos dos problemas da nossa vida!!!

2 comentários:

Miguel Garcia disse...

Olá,

Como te tinha dito tenho lá vários volumes de J. Verne, mas o que tenho mais à mão até é meu, é uma edição muito pequena que julgo eu saiu no Expresso, e é por acaso das 20 Mil Légua Submarinas, que errado ou não associo ao Grande Despertar de Cthulhu de Lovecraft. Fiquei com vontade de o atacar numa próxima leitura, mas lido está Laranja Mecanica(proximo post), agora em leitura Mister B Gone de Clive Barker(a ler pela primeira vez, e estou a gostar ainda por cima na versão original, vai ser um post mais abrangente!)
Depois deve-se seguir ou O Monge ou As viagens da Minha Terra...
Livro não me faltam, falta é a capacidade de decisão. Argonautas ainda tenho muitos. Tenho poucos volumes da Colecção Vampiro de Bolso, mas vou sempre procurando, até porque cobre o Género do Horror! =)

csa disse...

Eu nunca consegui ler O Monge.
Imagino que estás a falar do célebre romance gótico do séc. XVIII.
LI uma vez o fim e fiquei tão horrorizada que ainda não tive coragem de lhe pegar.
Pois é: parece que eu aguento melhor o gótico em música que em papel.
Preciso mesmo de pensar em ler Lovecraft.